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MARIA THEREZA, minha mãe.



- Bom dia, D. Maria.

- Maria, não. MARIA THEREZA!


O grito indignado ecoava da alma a grandeza de sua estatura moral. Enferma, hospitalizada e pouco lúcida, Maria de corpo doído e alma de luz. Maria mãe: - Bota a camisa, Álvaro Eduardo – delírio da mente em cama de hospital, maternidade aflorada em suspiros de cuidados.


Há dois dias morreu minha mãe e, num facho de luz, subiu aos céus! Maria doída se foi em parto contrário : saiu da vida e entrou na eternidade! Abriu a PORTA e caminhou entre as estrelas!


Corpo doído, cabeça em outras órbitas. A Morte a libertou...


Corpo cansado, mãos dóceis e pele amarrotada.

Fala cansada, suspiros e exaustão!

91 anos, onde estava o seu coração?

Nos filhos que em vida pariu!


PUTA QUE PARIU! Saudades que não se esvaem!

Luto que precisa ser vivido!

Lembranças felizes, luzes singelas em minha alma!

63 anos da minha vida convivi com um Espírito de Luz!

Honra e Mérito!


MARIA THEREZA foi carne e sangue…

e agora é LUZ!

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